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boa viagem

7/25/2007

«ante-estreia de "simpsons - o filme"» ou «poder-se-á ser mais amarelo?» [pesquisas fora de base]

xassbit comunica:

este é o primeiro relatório depois da vez em que relatei (!) a minha aventura nos bastidores do pavilhão atlântico. fantástico, não?

não, não me pagaram para fazer publicidade ao filme dos simpsons e não, não estou a usar uma boina. o que é que eu estaria a fazer com uma boina a escrever este post a estas horas da noite? que raio de perguntas...



enfim, a verdade é que eu fui um dos poucos seres que pôde assistir à estreia do filme da mui nobre americana família amarela antes da sua estreia, por isso se trata de uma ante-estreia. e só não fui o primeiro tirando os criadores porque, além de não estar sozinho naquela sala dos cinemas do el corte ingles lisboeta, e daquela sessão estar a acontecer em simultânio nas salas dos cinemas uci do porto, a verdade é que eu fui à segunda sessão, das 21:30 e não à primeira, das 19:30, que também aconteceu nestas duas salas (pelo menos em lisboa, vá-se lá saber o que acontece no norte). claro que, entre levantar o convite duplo que os senhores simpáticamente me ofereceram, e entrar na sala de cinema, aproveitei para ir dar uma volta pelas livrarias perto do centro comercial onde me encontrava à procura de um exemplar de harry potter. e digo-vos, foi difícil! claro que irei relatar essa epopeia num relatório próximo.

mas vamos falar do raio do filme!

desculpem, mas se eu não me ralho começo logo a dispersar do tema. a verdade é que eu aqui vou usar esta ante-estreia a que eu assisti para tentar reproduzir aquilo que as pessoas que escrevem em meios de comunicação social normalmente fazem. que é o quê? trata-se de tentar valorizar a sua inteligência e raciocínio, fazendo deduções sobre o que é que motivaria os criadores do filme para fazerem tal cena e apresentá-las como troféus e/ou deduções óbvias para quem vê o filme.

e vou começar:

em primeiro lugar, quero referir que realmente este filme deve ser visto numa sala de cinema. é óbvio que poderá ver num home cinema, ou mesmo na sua sala, mas nunca numa televisão portátil quadrada, com som mono, que espreita por cima do frigorífico, enquanto você. a sério, não o faça, que deve haver alguma lei contra isso.
o filme começa com o ralf (não sabe quem é, veja a fox!) a cantar o tema da twenty century fox. e esta deve ser a cena do filme que eu descreverei com maior precisão, para não estar a contá-lo todo. mas o que se passará na cabeça dos criadores para apresentar esta personagem logo à entrada, como primeira? obviamente, estão a imitar o género português de humorismo: dizer a toda a gente que o programa é frauinho, isso não vos diz nada? pois é, trata-se de um conceito antes formulado (e esta, conceitos formulam-se?) pelos gato fedorento. o que é que acontece. o espectador mais curioso ficará com vontade de ver até que ponto é que o programa poderá baixar mais o nível. para os outros, irão querer abandonar a sala, eventualmente aos gritos. mas não podem...
... pois não?
afinal estão numa sala de cinema!!!
mesmo em casa, seria desagradável.

resta agarrar-se a uma almofada e descontrair.

se você fez aquilo que eu disse para não fazer (ver este filme com a t.v. do frigorífico) agora não se queixe se o jantar lhe fugiu depois de ver uma criancinha com aspecto que quem se irá transformar numa ratazana de esgoto a cantar um hino de uma empresa produtora de filmes sentada no zero do número vinte e mais não digo! querem saber, vejam o filme. ou perguntem a outro, que talvez será mais fácil.

mas tirando estas observações, o filme deve ser mesmo apreciado numa sala de cinema, todo o som é mais fantástico e os diálogos e restantes interacções com o público são mais realistas. toda a primeira piada, depois da do ralf, é destruida se não estiver a ver a película numa sala de cinema apropriada, écrã 16x9 e um tipo a mascar pipocas ruidosamente de uma maneira muito desconfortável e nojenta ao seu lado.

no final, uma dica: faça como eu e fique mesmo até ao fim do filme, não abandone a sala logo que apareça o primeiro nome da ficha técnica mas fique um pouquinho. vá por mim, faça isso.

um filme para adultos e para crianças, com a componente da comédia, da estupidez, do amor, do drama, da estupidez e da aventura e coragem em pensar por si próprio, mas nos outros. ah, claro, também tem estupidez.

este é, no entanto, um filme que deixa clara a mensagem que o idiota não é quem se preocupa com a poluição mas sim quem polui. lembrem-se disso.

no final é um daqueles filmes de comédia em que sai da sala, meio atordoado devido à luminosidade fora desta, comenta o filme com quem op acompanhou, mesmo que tenha ido sozinho, compra pipocas (agora sim, pode comê-las), vê as pessoas a deitar aqueles olhares suspeitos por ser tão tarde e você andar a vaguear por ali, como se não fosse obvio que foi ver o filme como os outros todos, sempre descontraido, depois de um dia de trabalho árduo, e volta para o seu carro questionando-se porque é que estava uma almofada no seu banco do cinema e porque é que ainda está agarrado a ela.

agora vá lá devolvê-la,

xassbit